- Sonia Maria Rio Neves
Desafio da nova paternidade
O artigo Ascenção e queda do pai, publicado no site da Uol, traz vários questionamentos importantes sobre o que é ser pai na atualidade; os subtítulos, imagens e um vídeo que integra o artigo, apontam para uma sequência interessante.

Se a dúvida sobre ser realmente o pai ou não, pode ser resolvida através de um exame de DNA, (cujo crescimento é evidenciado com dados na imagem “Exame de DNA sob o microscópio”), nem por isso a paternidade é assumida para além do registro civil. O subtítulo a seguir, “Rejeição Paterna” evidencia , através de dados sobre crianças registradas só com o nome da mãe e o vídeo de Alexandre Mortágua , - Todos nós 5 milhões ( a ser exibido gratuitamente no Youtube nesse domingo, 11/08/2019) aborda essa realidade.
Interessante também é a citação do livro “Paternity: The Elusive Quest For The Father" (ainda sem tradução para o português) ,onde a autora Nara B. Milanich, historiadora da Universidade de Columbia, analisa as implicações do exame de DNA e coloca em pauta a difícil questão:
O que torna um homem, um pai?
Responder a essa pergunta leva a analisar o papel de pai e em decorrência o da mãe, da criança e da família ao longo da história e da cultura de cada período . Isso me faz lembrar o livro de Elizabeth Badinter (1985) que causou polêmica ao ser lançado, por questionar o instinto materno e mostrar como ele foi sendo construído ao longo dos séculos XVIII e XIX *
Os estudos sobre papel da família, do pai e da mãe , as mudanças intensas que vem ocorrendo nos últimos 70 anos , com o advento da pílula anticoncepcional , que liberou a mulher para escolher querer ou não ter filhos e quantos, e, em decorrência favoreceu sua entrada no mercado do trabalho, mostram novos conflitos vividos pelas mães e como repercutem na função do pai; já não lhe cabe mais apenas o papel de provedor e a imagem “ Por onde andam os pais” mostra como , mesmo essa função tradicional de provedor não é exercida em um grande no de famílias. (NÚMERO DE FAMÍLIAS?)
Nessa sequência, o subtítulo que se impõe é: O Pai de Ontem, de Hoje e do Amanhã . Relembrar a função de autoridade exercida por séculos pelo pai, e seu lugar de provedor já não é o bastante para o mundo atual; como favorecer que o pai possa também exercer as funções de cuidar, tradicionalmente femininas, de brincar e participar da vida do filho? Um comercial de TV já dizia: “não basta ser pai, tem que participar” e isto traduz um pouco essa mudança na figura do pai. O documentário “O Começo da Vida “traz vários relatos de pais do mundo inteiro quedescobrem e se surpreendem com um lado prazeroso de ser pai. Agora é o momento onde se experimentar comoum pai ativo e ser criativo nessa função, são fundamentais (SUGESTÃO: Agora é o momento onde se experimentar como um pai ativo e criativo passa a ser fundamental). O pai de hoje vem sendo construído, não há modelos prontos, nem os filhos vêm com manual de como fazer.
Vale a pena ler o artigo pela riqueza de comentários e citações e pela atualidade do tema!
Artigo: ASCENSÃO E QUEDA DO PAI: Superar referência de pai provedor é o principal desafio da nova paternidade
https://tab.uol.com.br/edicao/paternidade-no-seculo-21/
publicado em 05/08/2019
Reportagem de Luisa Sahd
Arte ; Carla Borges